O que não podia faltar nesta viagem era tomar um pequeno-almoço tradicionalmente americano, pelo que fomos a uma diner que encontrei aleatoriamente no tripadvisor em Nova Jersey, pela manhã.
Pequeno-almoço
Spa Diner - pedi um ice-tea caseiro e umas panquecas de banana para partilhar com a minha irmã, que pediu umas panquecas de mirtilo (com fruta a fazer parte da massa!). Estavam divinais - a minha irmã ainda sonha com elas, só para terem uma ideia. Outros pratos que foram pedidos foram panquecas com bacon e salsichas, ovos benedict e french toast, e estava tudo ótimo! Se há uma coisa que não podem perder, é sem dúvida um pequeno-almoço típico!
A zona onde se encontra este diner chama-se Hoboken, e foi-nos recomendada pelo dono do nosso alojamento. Fica mesmo à beira do rio Hudson, e possui vários miradouros através dos quais se tem uma vista para Manhattan diferente das outras que já tínhamos tido o privilégio de ver, e igualmente bonita. Mesmo ao pé de um desses miradouros, situa-se o terminal de Hoboken, através do qual apanhámos um comboio, o PATH, para Manhattan.
Fomos diretos para a Times Square, onde se encontra a bilheteira para os espetáculos da Broadway. Esta bilheteira não vende bilhetes para qualquer espetáculo nem para qualquer sessão - vende apenas para certas sessões no próprio dia, com descontos até 50%. Chegámos lá às 13h30, sendo que, às terças-feiras, a bilheteira abre às 14h para as sessões da noite. Estava uma fila muito grande, mas como uma das minhas primas estava de canadianas e com o pé engessado, tivemos prioridade e passámos o pessoal todo à frente. Conseguimos bons lugares para ver o Fantasma da Ópera, embora separados, o que foi mesmo muito bom.
Tivemos muita sorte e só por causa disso conseguimos ir ao espetáculo que queríamos com lugares mais à frente. Recomendo que vão para a fila no mínimo 1h antes da abertura da bilheteira, se querem ter uma boa chance de conseguir a sessão e os lugares pretendidos. Uma outra hipótese é simplesmente comprarem os bilhetes online, algo que eu definitivamente farei se lá voltar, porque é um descanso.
Depois de termos os bilhetes, decidimos ir à Roosevelt Island. É uma pequena ilha agradável, com bastantes bancos e espaços verdes, que nos permitiu afastar um pouco do caos do centro da cidade e comer as nossas sandes do almoço em paz. A viagem é curta, feita de teleférico, que está incluída no MetroPass que comprámos no inicio da viagem, e proporciona uma experiência diferente com vistas bonitas.
Até à hora do espetáculo, passeámos pelas lojas, na zona da Times Square.
Jantar
Joe’s Pizza - esta é uma cadeia de pizzarias muito populares e, apesar de ter alguma fila, eles conseguem despachar os pedidos depressa. De qualquer maneira, as paredes são entretenimento suficiente enquanto se espera - estão repletas de fotos de famosos que já jantaram no Joe’s Pizza. A pizza em si é muito boa e vale a pena!
Relativamente ao espetáculo da Broadway, todos adorámos, mesmo os mais velhos que pouco percebem de inglês. Os cenários, a orquestra, as vozes dos atores… Era tudo impressionante. Sem dúvida alguma que vale muito o dinheiro que demos, e fiquei em pulgas para poder ir a outro espetáculo um dia.
Com as logísticas de fazer sandes para o almoço de tanta gente (os 9 da família), começámos o dia um bocadinho mais tarde e fomos diretos para o Central Park.
O Central Park tem algumas semelhanças ao Hyde Park em Londres, mas é duas vezes maior. Abundam os esquilos, é claro, e tem muitas estátuas que tornam o espaço ainda mais interessante. Almoçámos em cima de umas rochas e foi bastante agradável.
O plano era irmos ao MET (Metropolitan Museum of Art) na 5th Avenue logo a seguir, mas o que nós não contávamos era que o parque fosse tão extenso e que nos levasse um par de horas a atravessar (a parar bastante para tirar fotografias, claro). Acabámos por chegar ao museu perto das 15h e só saímos à hora de fecho, que penso que era às 17h30 naquele dia em específico.
Os bilhetes são $25 para adultos e $12 para estudantes (foi este último que eu adquiri). Dão acesso às três localizações do museu, o MET 5th Avenue, o mais conhecido e a qual eu fui, o Met Breuer, e o Met Cloisters. O museu é enorme, tem muitas galerias com diferentes tipos de arte para todos os gostos. Infelizmente, não consegui visitar tudo, apesar de tentar ver as peças com alguma velocidade.
Devo confessar que ir a museus não é nem nunca foi a minha parte favorita de viajar. No entanto, costumo sempre ir a pelo menos um nas minhas viagens, o que significa que já visitei uma boa quantidade deles na Europa. Este museu é muito diversificado, tem arte de todas as partes do mundo. Dito isto, as secções de arte europeia, para quem já visitou outros museus, não são nada de especial. Em Itália e Espanha, por exemplo, já vi coleções muito mais espetaculares.
Desta forma, o museu destaca-se pela arte americana, algo que falta em muitos museus europeus e com o qual eu não tinha tido ainda contacto. Essas são realmente as partes do museu que, para um viajante europeu, diferem daquilo que temos no nosso próprio continente. Por esta razão, se não tiverem tempo para ver tudo, quero recomendar que se foquem mais nessas secções.
O museu é imponente e o seu terraço no topo é algo imperdível para aqueles que optam por não ir ao Empire State Building ou ao Rockefeller Center. Apesar de ser mais baixo do que qualquer uma das outras alternativas, continua a proporcionar uma excelente vista da skyline de Manhattan.
Sugiro que consultem antecipadamente os horários de abertura e encerramento do museu para a altura do ano em que vão, de maneira a terem tempo suficiente para o verem com calma e aproveitarem a experiência - vale a pena.
Lanche
Um cachorro quente de uma carrinha ambulante ao pé da entrada do MET que me soube às mil maravilhas, atendendo à minha fome!
No final do dia, passeámos pela 5th Avenue e ruas adjacentes, tirando tempo para comprar umas lembranças.
E chegou a vez de outra das minhas atrações favoritas: a Brooklyn Bridge! Confesso que não ia com muitas expectativas, mas a ponte é muito bonita e a vista de lá de cima é de ficar de boca aberta. Entrámos pelo lado de Brooklyn e ainda andámos um bocado até atingir o meio da ponte (com muitas pausas fotográficas), onde se situam os arcos emblemáticos.
Durante a minha estadia em Nova Iorque, houve em Brooklyn uma exposição anual de fotografia pop-up: a Photoville, mesmo por baixo da ponte. É composta por contentores gigantes pintados de várias cores, que juntam o trabalho de mais de 600 artistas. Passei lá perto de 40 minutos e só tenho pena de não ter tido tempo para mais. A variedade é imensa e o talento enorme. Recomendo definitivamente a Photoville, é grátis e vale a pena, mesmo que seja só para dar uma espreitadela!
Almoço
The Sicilian - ADOREI a comida deste restaurante. A especialidade é pizza e excede as expectativas - é espetacular e provavelmente das melhores pizzas que já provei fora de Itália. Pedi também uma sandes Philly Cheese Steak típica de Brooklyn, que estava igualmente incrível. Era muito grande, pelo que comi só metade e o resto guardei para o lanche. Infelizmente as fotografias que tirei estão muito desfocadas :(
Depois do almoço, fomos um bocadinho ao Prospect Park, que é lá perto, e é bastante agradável.
Seguimos para Manhattan novamente para ver pela primeira vez em todo o seu esplendor a Times Square.
Se há coisa que qualquer pessoa associa a Nova Iorque, é a Times Square, com os seus prédios altos, ecrãs gigantes e luzes brilhantes. Eu acho que já tinha uma boa ideia do que ia encontrar, mas mesmo assim fiquei surpreendida quando lá cheguei. Havia tanta confusão, tanta coisa a acontecer ao mesmo tempo, que tinha dificuldade em saber para onde olhar. Gravei vídeos, tirei fotos, mas acho que não dá para captar bem o caos e a energia que aquela zona transmite sem ver com os próprios olhos.
Durante o resto do dia passeámos pelas ruas cheias de lojas, várias que nunca tínhamos visto na vida ou apenas na internet.
Ao chegar a Nova Jersey, onde era o nosso alojamento, decidimos ir a um grande supermercado para fazer compras para o resto da semana - já tínhamos ido a várias lojas de conveniência (na América, é o que mais há), mas estas não vendem quase nenhum alimento para cozinhar, que era o que pretendíamos. Depois de uma longa caminhada, lá chegámos a um enorme supermercado com preços bastante acessíveis. Uma coisa a que achei piada foram os bolos super elaborados que estavam na montra, algo que nunca se vê no Continente, de certeza.
O dia começou com uma ida ao High Line Park, uma antiga linha férrea suspensa, abandonada na década de 80. Com mais de 2 km de comprimento, atravessa 3 bairros de Manhattan: Meatpacking, Chelsea e Midtown West. É um parque único e original, repleto de espaços verdes e arte em variadas formas. Super agradável para passear, especialmente se estiver bom tempo.
Seguimos para KoreaTown, um espaço que achei mais completo e interessante do que a ChinaTown visitada no dia anterior.
Almoço
miss Korea - a família toda queria pedir BBQ coreano, visto que aquele restaurante tinha boa fama nesse prato, mas como era fim-de-semana, o BBQ era significativamente mais caro, pelo que pedimos quase todos Bibimbaps, deliciosos. Depois de almoço, bebi um Bubble Tea da grace street, que estava ótimo, embora um pouco caro.
Ao passear pelas ruas ali próximas, vimos pela primeira vez o Empire State Building de perto e não estou a exagerar quando digo que era complicado apanhar o topo do edifício na foto, de tão alto que é. Não subimos para ver Nova Iorque de cima pois optámos por ir ao terraço do MET, que embora não tão alto, proporciona uma vista incrível, no dia 4.
Washington Square Park foi a nossa próxima paragem. Pequenino e muito convidativo, com pessoas mas não em demasia e a melodia dos músicos de rua que tocavam e dançavam, animando o ambiente.
Sobremesa
A caminho de casa, comprámos donuts no Dunkin’ Donuts, como não poderia faltar. Têm imensa variedade, mas na minha opinião, os melhores são os mais simples.